Estas foram as bandeiras defendidas na tese que a delegação do Movimento de Unidade na Unisinos defendeu no Congresso Nacional de Entidades de Base da UNE (União Nacional dos Estudantes) no Rio de Janeiro de 14 a 17 de janeiro de 2011:
* ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL: Sabemos o quanto é difícil para muitos estudantes obterem condições mínimas de acesso e permanência no ensino superior. Por isso defendemos algumas iniciativas que o poder público ou privado poderia articular para que esta realidade que citamos seja facilitada:
- Construção de restaurantes universitários e garantias de bolsa alimentação;- Duplicação das vagas gratuitas oferecidas na rede privada através do ProUni;
- Dobrar a verba do fundo de assistência estudantil para contemplar os estudantes do ProuUni;
- Passe livre no transporte público para os bolsistas do ProUni e estudantes carentes;
- Construção de 95 mil unidades de moradia estudantil;
- Construção de creches para os filhos dos/as estudantes no próprio campi da universidade;
* DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Tendo conhecimento de como nosso CONSUN (Conselho Universitário, espaço deliberativo de questões como mensalidade, ensino-pesquisa-extensão, estrutura curricular e outras questões importantes da Unisinos são decididas) não é representativo da opinião dos estudantes (os estudantes possuem direito a 3 votos –representantes do DCE- contra 15 votos da mantenedora e 25 votos dos docentes), defendemos as seguintes bandeiras para uma efetiva representação democrática dos anseios estudantis nestas e outras instâncias de decisão universitária:
- Estabelecer mesas de negociação do reajuste de mensalidade antes do final do ano letivo entre a mantenedora da universidade e os representantes estudantis;
- Paridade das representações de todas as unidades acadêmicas nos conselhos universitários;
- Submeter as IES privadas aos mesmos parâmetros de democracia das públicas (eleição direta e participação nos conselhos universitários);
- Garantir a autonomia, restringindo a participação das mantenedoras nos conselhos universitários, assegurando a maioria do corpo acadêmico;
* REESTRUTURAÇÃO ACADÊMICA: Sabemos o quanto nossa universidade em muitas questões é estruturada ou não. Por isso defendemos padrões mínimos de educação superior. para que a qualidade acadêmica permaneça em constância durante nossa vivência universitária:
- Restauração frequente do corpo docente;
- Pela adoção do regime de colaboração intercurricular;
- Fortalecimento da pesquisa e extensão em consonância com o ensino disponibilizado;
- Fim dos departamentos, pela instituição do programa colaborativo inter-unidades;
* CONTROLE SOCIAL: Percebendo que a realidade brasileira e a nossa por preferência se insere em uma realidade de universidade privada, acreditamos que o Estado deve ser mais rigorosa na avaliação e fiscalização de exigências básicas para que o ensino superior possua as condições mínimas de qualidade e soberania:
- Fim das negociações de ações das instituições educacionais na bolsa de valores;
- Assegurar o caráter nacional da universidade brasileira, limitando a participação do capital estrangeiro nas universidades privadas;
- Intensificar a fiscalização do Ministério da Educação nas instituições privadas, dispondo para isso de representação em todos os estados dos docentes avaliadores;